Haja vista o grande problema do Crack em Uberlândia, Phelipe lança o Projeto Craque vs Crack e colocará em prática em seu mandato.
Com 619.536 mil habitantes, Uberlândia se consolidou como o segundo município mais populoso de Minas Gerais e o maior do interior do Estado, de acordo com as estimativas populacionais dos municípios divulgadas ontem pelo IBGE. A cidade se mantém à frente de Contagem, que tem 613.315 mil habitantes, e também é maior do que nove capitais brasileiras.
Em comparação à população apontada pelo Censo 2010, a diferença populacional entre Uberlândia e Contagem subiu de 571 para 5.721 habitantes. O que equivale a um aumento de mais de dez vezes na diferença. Em todo o Estado, a cidade fica atrás apenas da capital Belo Horizonte, que hoje tem mais de 2,3 milhões de habitantes, segundo o IBGE.
No contexto nacional, Uberlândia é a 12ª mais populosa, excetuando-se as capitais, o que a mantém na posição que ocupava no ranking do Censo 2010. Contudo, nove das cidades apontadas como maiores que Uberlândia fazem parte de regiões metropolitanas das capitais de Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Assim, a cidade mineira pode ser considerada a terceira maior do interior do país, atrás de Campinas (SP), com 1,098 milhões de habitantes, e Ribeirão Preto (SP), com 619.746 mil habitantes.
A diferença populacional entre os municípios de Ribeirão Preto e Uberlândia, nos últimos dois anos, caiu de 669 para 210 habitantes, de acordo com as estimativas.
Em todo país, a população saltou de 190,7 milhões de pessoas para 193,9 milhões.
Uberlândia maior que nove capitais
Uberlândia tem uma população maior que nove das 26 capitais do país mais o Distrito Federal. Cinco delas estão na região Norte do Brasil, uma na região Sudeste, uma na Sul, uma na Centro-Oeste e outra no Nordeste. Entre elas estão Cuiabá (MT), com 561.329 habitantes, Florianópolis (SC), com 433.158 mil habitantes, e Vitória (ES), que tem 333,1 mil habitantes.
Segundo as estimativas populacionais feitas pelo IBGE, com 619,5 mil habitantes, a cidade mineira ainda é mais populosa que Aracajú (SE), Palmas (TO), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO).
Menos populosa
O município de Grupiara, no Triângulo Mineiro, é o 13º menos populoso de todo o país, com 1,373 mil habitantes. Desde o Censo de 2010 que a cidade não ganhou nenhum habitante, segundo o IBGE.
Outras duas cidades mineiras figuram entre as 15 menores do país. Cedro do Abaté, com 1.199 pessoas, é a sétimo colocada no ranking, enquanto Serra da Saudade, com 807 habitantes é a, ao lado de Borá (SP), a menor cidade do país.
Encerrados os Jogos Olímpicos de Londres, o quadro de medalhas de 2012 mostra uma vitória imponente dos Estados Unidos. São 104 pódios, com 46 ouros, superando com folga a China (88 pódios e 38 ouros), resultado que devolve aos EUA a supremacia olímpica que vinha sendo conquistada desde 1996, quando as ex-repúblicas soviéticas deixaram de competir em conjunto, e foi interrompida em Pequim-2008 – quando a China superou os americanos em ouros (51 a 36), mas não no total de medalhas. Não faltam analistas para dizer que os americanos são o exemplo a ser seguido para o esporte olímpico brasileiro, mas a realidade é um pouco mais complexa. Para isso, precisamos compreender como funciona o esporte de alto rendimento nos EUA e em outras potências.
Os defensores do Estado mínimo adorariam acreditar que a hegemonia norte-americana possa ser entendida como o triunfo de um sistema sem Ministério do Esporte e no qual há pouquíssimo dinheiro do governo federal envolvido, mas as coisas não são bem assim.
Em primeiro lugar, é preciso considerar que os bons resultados esportivos só surgem acompanhados de investimentos bem feitos. No caso do esporte olímpico, a eficiência não é exclusividade do dinheiro privado. Diversas potências olímpicas contam com grandes investimentos estatais. Os casos mais óbvios são os da China e da Rússia, mas não é preciso recorrer aos exemplos extremos do país comunista e da principal herdeira da União Soviética para ver dinheiro público aplicado no esporte. O governo da Coreia do Sul, quinta colocada em Londres (28 medalhas, 13 de ouro), investe pesado no setor. As grandes apostas são três imensos centros de treinamento no qual atletas com mais de 15 anos podem se dedicar em tempo integral ao esporte. Na Alemanha (44 medalhas, 11 de ouro), o esporte de alto nível recebe dinheiro do governo federal, de loterias federais e das Forças Armadas. Na Itália (28 medalhas, 8 de ouro), o Comitê Olímpico recebeu, apenas para o orçamento de 2012, mais de 400 milhões de euros. Na Austrália (35 medalhas, 7 de ouro), os três níveis de governo gastam cerca de 2 bilhões de dólares por ano com esporte, a maior parte construindo e mantendo instalações esportivas públicas, mas também financiando atletas de elite.
Em segundo lugar, cabe ponderar a pequena participação do governo federal dos Estados Unidos no esporte. Isso ocorre porque a Constituição norte-americana é muito clara ao deixar a educação sob a tutela dos governos estaduais. Assim, são os estados (e em menor medida os governos municipais) os responsáveis por construir e manter equipamentos esportivos e, principalmente, subsidiar escolas e universidades públicas. Boa parte desses subsídios é usada para pagar salários de treinadores de alto nível, reduzir as mensalidades e conceder bolsas de estudos para atletas, estratégias usadas para atrair jovens esportistas. Essas instituições públicas, em conjunto com algumas instituições independentes (geralmente ligadas a fundações religiosas) e privadas, são a principal fonte de talentos para o esporte profissional norte-americano. Dos sete campeões olímpicos dos EUA em provas individuais no atletismo em Londres, cinco estudaram em universidades públicas, um em universidade privada e outro em uma instituição independente.
A grande importância do dinheiro público no esporte norte-americano não significa que os investimentos privados são irrelevantes. Tanto pessoas físicas como empresas contribuem muito para o país ser a maior potência olímpica. O esporte e a competição esportiva são conceitos arraigados na sociedade americana. Doadores privados são os responsáveis por sustentar, por exemplo, o Centro Aquático do Norte de Baltimore, onde começou a nadar aos dez anos Michael Phelps, o maior medalhista olímpico de todos os tempos. Mais de 30 empresas são as responsáveis por patrocinar, e sustentar integralmente, o Comitê Olímpico dos EUA.
O que esses exemplos dizem ao Brasil? Como mostrou recente reportagem da revistaCartaCapital, o foco do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) hoje em dia são os atletas de elite, aqueles com potencial para subir ao pódio nos Jogos. O COB, e os governos municipais, estaduais e federal, se preocupam muito pouco em estabelecer políticas públicas para popularizar e democratizar a prática esportiva, gerando benefícios para a sociedade e ampliando a base de futuros medalhistas. O COB pensa a curto prazo. No domingo 12, o superintendente da entidade, Marcus Vinícius Freire, afirmou que um exemplo a ser seguido pelo Brasil é o do Cazaquistão. O governo cazaque investiu, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, 20 milhões de dólares no levantamento de peso, no ciclismo e no boxe para tornar o país referência nessas modalidades. Conseguiu 13 medalhas nos Jogos, nove nesses três esportes, sendo seis de ouro. Chegou ao 12º lugar no quadro de medalhas com um investimento rápido, porém sem reflexos positivos para a sociedade.
O Brasil, sede dos Jogos de 2016, tem uma série de bons exemplos para seguir. Pode copiar dos europeus e sul-coreanos a forma correta de tratar os atletas de elite; dos australianos, pode aprender como combinar o investimento no alto rendimento e no esporte como política pública; dos norte-americanos, como atrair a iniciativa privada para o negócio e como engajar a sociedade no incentivo aos jovens atletas. Enquanto o Estado brasileiro, em todos os níveis, continuar negligenciando a educação e, com ela, o esporte, e o COB mantiver seu foco apenas na conquista de medalhas, continuarão abastecendo as críticas daqueles que desejam afastar o Estado de tudo, incluindo do esporte, uma atividade capaz de reduzir a criminalidade, melhorar a saúde da população, unir a sociedade e formar pessoas.